História de Palotina

História de Palotina

História de Palotina


A origem do nome Palotina é uma homenagem aos padres palotinos, que marcaram presença no município. Desde a derrubada das primeiras árvores foram testemunhas do desbravamento, dos conflitos e do desenvolvimento do município e agentes vivos na implementação da religiosidade que caracteriza o seu povo. Por esse motivo, foi escolhido como padroeiro do município, São Vicente Pallotti. 
Em 1940, através da Marcha para o Oeste, chegam os primeiros migrantes em Palotina. Alguns vindo de Santa Catarina e outros do Rio Grande do Sul. Não tendo sido fácil sua adaptação inicialmente, pois para chegar à região levava em torno de três dias, por conta do difícil acesso pelas matas, e os pioneiros utilizavam um caminhão da firma colonizadora “Pinho e Terra”. Chegando, se depararam com várias dificuldades, como a terra vermelha que sujava tudo, a falta de luz elétrica, os mosquitos, as doenças como a malária, e a falta de médicos, que os obrigava a buscar socorro em Guaíra, além do mato que os cercavam, e escondiam no seu interior ameaças de animais como onças, cobras, entre outros.
Mesmo assim, logo se adaptaram, e os pioneiros começam a desenvolver suas atividades na cidade, abrindo os primeiros comércios e cultivando a terra. A beleza do lugar superou essas dificuldades iniciais e as famílias se acostumaram com o novo lar, permanecendo aqui até os dias atuais.
Um nome muito lembrado no município até os dias atuais, foi do Padre Rafael Pivetta, que celebrou a primeira missa nas terras palotinenses, selando a representação do nosso padroeiro São Vicente Palotti e também trouxe sua família para colonizar a região, juntamente com outros famílias que se mantiveram e cresceram com o novo município. Outro personagem importante da colonização de Palotina foi Eugênio Leszcynski, que chegou na região em 1953, a serviço da colonizadora 'Pinho e Terras', como agrimensor. Ele relata, principalmente, as dificuldades de locomoção, sendo obrigado a andar de bicicleta e a pé de Candeia (distrito do atual Município de Maripá) até a vila de Palotina. Chegando no seu destino, ficou morando numa casa de tábua bem rústica e iniciou seu trabalho de medição das terras, a partir dos rios Pioneiro e Santa Fé. Esse trabalho não era fácil, por causa das picadas que tinham que ser abertas na mata e também pelos animais e insetos a serem enfrentados, como onças, catetos, mosquitos e mutucas. 
Muitas vezes esse trabalho de medição exigia a permanência no interior da mata por uma semana inteira, levando a montagem de acampamentos provisórios com taquaras e folhas de coqueiro. Os equipamentos obrigatórios para esse serviço eram o machado, a foice, o facão, a trena, a baliza, o teodolito, marcos feitos de madeira de lei, como angico, cabriúva, canjerana, ipê, e armas de fogo, como revólveres e espingardas, que tanto serviam para a defesa quanto para a obtenção de comida.
Após a adaptação, e confirmarem a alta produtividade das terras roxeadas de Palotina, as famílias gostaram tanto do lugar, que acentuaram seu trabalho e fixaram suas raízes na terra de Palotti, onde seus descendentes permanecem até os dias atuais.